É o conjunto das funções motoras referente ao desenvolvimento da atividade gráfica, ou seja, é a soma de habilidades básicas para o desenvolvimento da pré-escrita e escrita, que é a atividade mais elaborada e complexa da função manual, e quase indispensável para a aprendizagem e o bom desempenho acadêmico. Para que ela seja adquirida, consideramos alguns componentes: neuromotores (tônus musculares; arcos de movimento; força muscular; capacidade de estabilização proximal-distal); postura correta (manutenção da postura ereta na cadeira; adequação da carteira e cadeira escolar); retroalimentação sensorial; desenvolvimento da preensão e destreza manual; coordenação olho-mão ou integração viso motora (controle motor ocular guia a visão ao objeto e a mão, necessário para o bom desempenho em atividades da vida diária); coordenação bilateral (cada uma de nossas mãos desenvolve habilidades motoras finas independentes, contudo, uma mão tem que coordenar-se com a outra para completar atividades básicas).
Quando esse desenvolvimento não ocorre na fase da alfabetização, vem a escrita ilegível, letras distorcidas, inversões de letras, falta de espaçamento entre letras e palavras, uma escrita que não se mantém dentro das linhas e as letras parecem flutuar na página. As crianças podem se queixar de dor na mão e cansaço, serem muito lentas ao escrever, não completarem as tarefas e se frustrarem por não acompanharem o ritmo da sala. Geralmente, o aluno tem o encaminhamento feito por solicitação da escola, quando o professor já observa alterações no desempenho grafomotor da criança, e o terapeuta ocupacional é o profissional da área de saúde mais capacitado para avaliar e tratar a criança que apresenta dificuldade e/ou atraso no desenvolvimento gráfico.
Indicações: crianças com distúrbios de aprendizagem e queixa de dificuldades acadêmicas com relação a escrita.
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