A importância do brincar e seu desenvolvimento
Por Jaqueline Garrido
Mais do que um instrumento garantido na Declaração Universal dos Direitos da Criança, o brincar durante o processo do desenvolvimento é uma ferramenta essencial para a criança.
Piaget, ao longo de seus estudos, utilizou dos jogos para investigar diferentes questões e mostrou que estes meios contribuem para o desenvolvimento intelectual. Além disso, o brincar permite à criança se desenvolver além dos aspectos cognitivos, nos meios afetivos, motores, linguísticos e sociais. Ao manifestar o lúdico, ela apresenta em que nível se encontra cognitivamente, portanto, é muito importante conhecer os estágios do desenvolvimento infantil.
Ainda segundo Piaget, de um ano e meio até dois anos, o lúdico tem como característica essencial o exercício que se refere a qualquer objeto ou situação à sua frente, na qual a criança exercita a atividade de brincar ao rolar uma bola, por exemplo, ou então produzir sons, repetindo ações e observando seus resultados.
Já entre dois e sete anos, em média, o lúdico adquire caráter simbólico e a brincadeira vai se se aproximando mais do real, como por exemplo a boneca que acorda, toma banho, troca de roupa e vai para a escola.
A partir dos seis anos surgem os jogos de regras, que são uma combinação motora (jogos com bola) ou mais intelectual (dama, cartas).
Segundo Vygotsky, o ato de brincar tem relevante papel na constituição do pensamento infantil, pois é brincando que a criança revela seu estado cognitivo, motor, visual, auditivo e tátil, ou seja, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
Tanto para Vygotsky como para Piaget, o desenvolvimento não é linear, mas evolutivo. Nesse caminho, a imaginação se desenvolve.
Na formação de conceitos acontece a verdadeira aprendizagem, e é no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos.
Brincar é sinônimo de aprender. E você, ainda tem alguma dúvida sobre sua importância?